A Neoenergia terminou o ano de 2022 com lucro líquido de R$ 4,7 bilhões, 20% acima do registrado em 2021. No quarto trimestre, o lucro da empresa controlada pela espanhola Iberdrola ficou em R$ 936 milhões, 47% superior ao do mesmo período do ano anterior. O Ebitda Caixa teve crescimento de 32% em 2022, alcançando R$ 9,7 bilhões; e de 16% no último trimestre, atingindo R$ 2,5 bilhões.

No ano passado, os investimentos chegaram a R$ 9,9 bilhões, com aumento de 6% em relação a 2021. Os valores foram puxados pela expansão dos negócios em renováveis, com novos projetos de geração eólica e solar, e em transmissão. Em 2022, foi iniciada a operação comercial do complexo eólico Oitis, entre o Piauí e a Bahia; e do complexo solar Luzia, primeiro de parques solares da empresa, localizado na Paraíba. Os recursos também foram destinados à expansão e melhoria na rede das cinco distribuidoras – Coelba (BA), Pernambuco (PE), Cosern (RN), Brasília (DF) e Elektro (SP /MS).

Nas operações envolvendo o mercado livre de energia, o lucro da comercializadora alcançou R$ 714 milhões e aumentou 58% no consolidado do ano. Já o Ebitda chegou a R$ 1 bilhão em 2022 com alta de 52% no período.

Na avaliação da empresa, os resultados reforçam a trajetória de crescimento consistente e a disciplina financeira com alocação de capital responsável. Segundo o CEO Eduardo Capelastegui, a Neoenergia está preparada para a transformação pela qual o setor de energia no Brasil passará em breve com a liberalização do mercado. Para ele, os investimentos para a expansão dos ativos refletem a visão clara de futuro para se consolidar como a melhor empresa de energia do país.

A capacidade instalada verificada ao fim do ano foi de 4.473,3 MW. Em relação aos parques eólicos, a companhia chegou ao fim do ano passado com 42 plantas em operação, com capacidade instalada de 1.345 MW. A previsão é de que o portfólio de ativos eólicos atinja 1,6 GW nos próximos meses, dos quais 51% estarão destinados ao Ambiente de Contratação Regulada e 49% ao Ambiente de Contratação Livre, alinhado com a estratégia de posicionamento na liberalização do mercado de energia brasileiro.

Os investimentos nas distribuidoras somaram R$ 5,5 bilhões, dos quais R$ 3,2 bilhões foram destinados à expansão de redes. Em 2022, os consumidores ativos chegaram a 16 milhões, o que corresponde a um aumento de 295 mil de clientes. A Neoenergia encerrou o ano com o indicador de inadimplência em 0,32%, abaixo do limite regulatório de 0,57%. Na qualidade do fornecimento, destaque para Neoenergia Brasília, incorporada em março de 2021, que enquadrou o DEC e o FEC em 2022, um ano à frente do plano de negócios, cuja previsão estava para 2023. Todas as distribuidoras estão abaixo do limite regulatório tanto para a Duração quanto para a Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor. Os índices aferem as falhas ocorridas na rede de distribuição.

A Neoenergia Brasília também se sobressaiu em relação às perdas totais. A distribuidora foi enquadrada no limite regulatório dois anos antes do previsto no plano de negócios de aquisição. Neoenergia Elektro e Cosern seguem enquadradas, enquanto Neoenergia Coelba e Neoenergia Pernambuco seguem em busca dos patamares regulatórios. A energia injetada foi de 76.107 GWh no acumulado do ano, e de 19.350 GWh no quarto trimestre.